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Mas afinal, qual o significado dos sonhos? Desde tempos remotos, eles são objeto de grandes abordagens científicas e psicológicas: será que são respostas do inconsciente, ou apenas um processo cognitivo aleatório do cérebro?
Além destas perspectivas, os sonhos também envolvem dividem opiniões. Isto é, para alguns, eles podem ser a representação do inconsciente por meio de símbolos; para outros, presságios místicos, e ideias subjetivas.
Mas o que a psicologia e a ciência realmente abordam sobre o significado dos sonhos? Vamos entender neste artigo.
Qual a definição dos sonhos?
De modo geral, os sonhos são definidos como experiências sensoriais, emocionais e cognitivas que acontecem enquanto dormimos. Eles ocorrem principalmente na fase REM (Rapid Eye Movement), em português: “Movimento Rápido dos Olhos”.
A fase REM é caracterizada por uma atividade cerebral intensa, semelhante à vigília, o que a torna o período mais propício para a ocorrência de sonhos vívidos.
Principais características dos sonhos
Os sonhos apresentam uma variedade de características, desde experiências vívidas e realistas a sequências abstratas e simbólicas. Eles frequentemente refletem desejos, preocupações e memórias do dia a dia.
significado dos sonhos na teoria de Freud: Desejos Reprimidos
Como um dos primeiros a estudar os sonhos em um viés científico, Sigmund Freud define os sonhos como manifestações do inconsciente que representam nossos desejos reprimidos. De acordo com o fundador da psicanálise, os simbolismos oníricos do sono revelam conflitos e sentimentos internos do subconsciente que a mente consciente não reconhece.
Entretanto, ao longo dos anos, as teorias de Freud foram bastante contestadas e tidas como subjetivas, e de difícil comprovação científica e empírica.
Além disso, estudos atuais sugerem que os sonhos podem ter diversas funções além de somente desejos reprimidos.
Carl Jung e o Inconsciente Coletivo
Já para o psiquiatra e psicoterapeuta suíço Carl Jung, os sonhos não eram apenas uma reflexão de desejos e sentimentos reprimidos, como afirmava Freud.
De acordo com Jung, eles também eram representações do inconsciente coletivo. Ou seja, um acervo simbólico de arquétipos universais armazenados no inconsciente e compartilhados coletivamente. Isto é, para ele sonhar com determinado objeto, pessoa ou situação representava uma determinada emoção, sonhos, desejos e poderia dizer muito sobre determinada pessoa.
Entretando, a ideia de Jung do inconsciente coletivo também foi contestada. Alguns estudiosos se inclinam para a ideia de que sonhos podem ser influenciados mais pelas experiências individuais do que por símbolos universais.
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Além disso, estudos recentes em neurociência têm oferecido novas perspectivas sobre a função dos sonhos.
Uma pesquisa publicada na revista Nature Neuroscience revelou que o REM (período dos sonhos vívidos) está fortemente associado ao processamentos de informações, além da solução criativa de problemas, e consolidação da memória.
Em síntese, esses estudos sugerem que os sonhos sejam recursos cognitivos que o cérebro utiliza para lidar com as experiências sensoriais do dia a dia, contestando qualquer teoria de que eles tenham significados mais profundos, como sugerem Freud e Jung.
O significado dos sonhos: Existe de fato alguma definição?
Com base no que se estuda, ainda não se pode afirmar que exista um consenso preciso sobre os significados dos sonhos, ou se eles representam somente reflexos das atividades cerebrais durante o REM.
Alguns estudiosos sugerem que os sonhos podem ser interpretados como uma combinação subjetiva de emoções e experiências, e estímulos neurológicos. Outros defendem que a análise dos sonhos pode se voltar para o autoconhecimento, embora não tenha uma comprovação científica que indique que eles possam ser decifrados.
Uma conclusão... não conclusiva
Embora o estudo sobre os sonhos tenha nuances contraditórias no campo científico e psicológico, a complexidade desse tema continua em aberto — e ainda inconclusivo — não somente entre cientistas, mas também dentro do campo da psicologia e do misticismo.
Seja qual for a verdade oculta por trás dos sonhos, compreender melhor esses ‘fenômeno’ noturnos poderia nos ajudar a entender sobre nós mesmos e sobre como a nossa mente funciona.
Fontes informativas
https://pepsic.bvsalud.org/
https://veja.abril.com.br/
https://olhardigital.com.br/