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Você já se questionou se a realidade em que vivemos é de fato real? Muitos já imaginaram essa ideia. Isto e, existem diversas teorias de que tudo que sentimos, vemos, e experimentamos pode ser somente parte de uma simulação sofisticada. Assim como uma analogia ao filme ‘Matrix’.
Da mesma forma como o personagem Neo, o protagonista da saga, deparou-se com uma impensável possibilidade de que tudo que envolvia seu mundo não passava de uma ilusão, muitas pessoas também se questionam essa possibilidade. E se descobríssemos que tudo não passa de uma Matrix?
Portanto, a grande questão é: qual a pílula seria a mais escolhida no mundo? A Vermelha, tendo que ‘engolir’ a verdade desconcertante? Ou a azul, dando preferência a ilusão?
As Raízes da Ideia da Matrix: a realidade simulada
Bem, devemos levar em consideração que o questionamento sobre a possibilidade de vivermos em uma ilusão controlada não começou na literatura contemporânea, nem no cinema.
Trata-se de uma ideia já bastante antiga, com raízes remotas de filosofias profundas.
Por exemplo, alguns filósofos gregos da antiguidade. Platão, com o seu mito da caverna. A ideia de Platão já nos trazia à tona esse questionamento sobre se o que percebemos é de fato uma realidade, ou somente sombra de algo que não podemos perceber.
Alguns séculos depois, foi a vez de René Descartes. Ele levantou a ideia de que um “gênio maligno” poderia estar nos enganando acima de tudo sobre a nossa realidade. Essa era uma ideia que também tece a possibilidade da simulação.
Já na literatura e no cinema, foi a ficção científica que trouxe à tona essas questões. Entretanto, bem antes de ‘Matrix’, autores, diretores e roteiristas já figuravam realidades artificiais, e o tênue limite que pode nos separar do real ou da realidade simulada.
E essas histórias ajudaram a pavimentar o caminho que levou o filme ‘Matrix’. Além disso, também popularizar uma das questões mais intrínsecas do ser humano: o que é a vida? Uma simulação ou algo real?
matrix: Das teorias filosóficas antigas à modernidade tecnológica
A partir dessas questões filosóficas antigas, a teoria da ilusão vai ganhando ainda mais força com o avanço tecnológico.
Isso porque a crescente capacidade tecnológica de ‘fabricar’ mundos e universos virtuais faz com que a tecnologia seja vista como um meio fundamental de reforçar o conceito do mundo virtual. Dito isto, a ideia da holografia, um mundo virtual criado a partir de recursos digitais que parecem perfeitamente reais.
Realidade Virtual: cinema x tecnologia
Assim como a ficção científica já nos trouxe grandes obras cinematográficas a respeito de realidades virtuais, os avanços tecnológicos trazem o seguinte questionamento: se podemos simular com nossa tecnologia atual, ainda limitada, será que civilizações ultra-avançadas (se existirem) já não estão fazendo isso conosco? Isso pondera a antiga dúvida filosófica à probabilidade?
Esse é um trecho contextualizado da ideia original do filósofo e matemático sueco de Nick Bostrom, também diretor do Instituto do Futuro da Humanidade, na Universidade de Oxford, Inglaterra.
Essa evolução que tece o questionamento, da filosofia à possibilidade estatística (Bostrom), pode nos trazer a perguntar: qual a factual natureza da realidade em que vivemos quando a diferenciação entre o artificial e o o autêntico se esvai?
Tais argumentos, por mais surpreendentes que sejam, nos mantém em alerta. Ou seja, todo esse questionamento existencial da realidade, seja pelos antigos, ou pelas retratações em literatura e cinema, podem nos levar a colocar em xeque a solidez da nossa realidade… talvez irreal.
Entretanto, se por um lado a probabilidade estatística, e nosso próprio avanço tecnológico abrem portas para a possibilidade de uma Realidade Virtual, como seria se, um dia, descobríssemos por comprovações científicas que realmente vivemos em uma Matrix? O que você acha que isso implicaria no mundo atual? E, novamente a pergunta, qual das pílulas será que as pessoas escolheriam?
Conclusão de tudo
Em última análise, todas as teorias antigas e contemporâneas que nos fazem refletir sobre a possibilidade de uma realidade simulada, como em ‘Matrix’, continuam em aberto.
Ainda que exista bastante ceticismo envolvendo essas ideias, uma vez que ela ainda é vista como uma teoria da conspiração, existe o outro lado da ciência que se envolve nessa questão.
Para se saber, Melvin Vopson, professor de física e cientista britânico da Universidade de Portsmouth, afirma que vivemos nessa simulação moldada por um computador, tal qual em ‘Matrix’.
Se um cientista, ou outros, aceitam estar envolvidos, isso nos faz questionar as bases reais da nossa percepção. Seja lá qual for a realidade, ou se não for, a intensa reflexão e procura por ‘soluções’ sobre a natureza de nossa própria base existencial enriquecem nosso entendimento do universo.
E você, qual pílula escolheria?
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